quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Praia Imprópias ao banho em São Paulo

Em boletim divulgado nesta terça-feira (23), quatro praias do litoral paulista estão impróprias para banho, segundo a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) . No litoral norte, as praias são: Itaguá, em Ubatuba; e Pinto, em Ilhabela, apresentaram poluição fecal. Em São Vicente foram verificados coliformes nas praias Gonzaguinha e Milionários, ambas na Baixada Santista.

O período do monitoramento foi entre os dias 16 de novembro e 14 de dezembro nos 15 municípios litorâneos do Estado de São Paulo, exceto Cananéia. As amostras foram encaminhadas para análises microbiológicas para a identificação de coliformes fecais. (Fonte: Estadão Online)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

PLP 388 de 2007 - Define competências para licenciamento ambiental - PAC

Faltando apenas uma semana para o fim do ano legislativo, o deputado Geraldo Pudim (PMDB/RJ) apresentou na Comissão de Justiça seu parecer ao PLP 12/03 (PLP 388/07 – PAC), que define as competências da União, Estados, DF e Municípios para o licenciamento ambiental. O projeto consta da pauta da Comissão para a próxima terça-feira (16/12) às 11 horas. Após a análise da Comissão de Justiça a matéria será apreciada pelo Plenário.

Entre as inovações do parecer, merece destaque a permissão para que os órgãos ambientais exerçam a fiscalização dos empreendimentos de forma conjunta. Se lavrado auto de infração ambiental por mais de um órgão em razão do mesmo fato ilícito, o texto estabelece que prevalecerá o auto de infração do órgão competente para o licenciamento ou autorização. A CNI havia sinalizado ao Ministério do Meio Ambiente sua discordância em relação a esse ponto, pois entende que a fiscalização deve ser exercida pelo órgão licenciador e que outros dispositivos da proposta permitiam a atuação supletiva dos órgãos ambientais dos demais entes federativos em caso de danos.

Outro ponto que merece destaque é ampliação da competência ao CONAMA para definir a tipologia dos empreendimentos ou atividades a serem licenciados pela União, suprimindo a regra prevista no substitutivo da Comissão de Meio Ambiente que conferia essa atribuição somente nos casos em que os empreendimentos ou atividades afetassem o território de dois ou mais Estados ou o território de outro país.

Além disso, o parecer do deputado Pudim estabelece prazo de seis meses para que os conselhos estaduais e o CONAMA definam as tipologias. Fixa o mesmo prazo para que o CONAMA defina as competências dos entes federativos nos casos de licenciamento, manejo e supressão de vegetação em Áreas de Preservação Ambiental (APAs). Revoga artigo da Lei de Crimes Ambientais que prevê que o pagamento de multa imposta pelos estados, municípios, DF substitui a multa da União na mesma hipótese de incidência.

http://www.agendalegislativa.cni.org.br/proposicao.asp?PROP=161&SUBMENUID=53&MENUID=10

blog do Noca

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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Coema encerra ano monitorando projetos ambientais


O Conselho Temático de Meio Ambiente (Coema) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) encerrou em novembro as suas atividades em 2008 com um relato sobre alguns dos projetos que estão sendo acompanhados pelo órgão. Segundo Renato Aragão, representante da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) no conselho, um dos principais pontos em destaque é a questão da compensação ambiental. Quanto a esse tema, Aragão explica que está havendo reuniões na Casa Civil para formulação de decreto para estabelecer o teto da compensação (a CNI defende um máximo de 0,5%), discussão de termo de compromisso, instrução normativa de procedimentos administrativos e o regulamento interno na Câmara Federal de Compensação Ambiental (CFCA), com participação da CNI.

Outro tema que está sendo acompanhado pela CNI é o Projeto de Licenciamento Ambiental - PLP 388/07 - regulamentação do Artigo 23. Por enquanto, relata Aragão, não houve evolução da tramitação. Ocorreram discussões da CNI com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Casa Civil para proposição de novas emendas ao PLP. Foi relatada ainda a disposição do MMA em reformular o Conama a fim de que ele seja o ente a dirimir conflitos para definição de competência do licenciamento.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Copa do Mundo de 2014

Salvador (05/12) – A capital da Bahia, Salvador, é a primeira cidade a receber a comitiva do Ministério do Turismo para a aprovação de questionários e procedimentos do novo estudo encomendado pelo Ministério do Turismo à Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A decisão foi oficializada em reunião ocorrida nesta sexta-feira (05) e marca o projeto-piloto da pesquisa que vai diagnosticar as principais necessidades das 18 cidades candidatas à sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014. O objetivo do levantamento é estruturar ações integradas entre governos federal, estadual e municipal, de modo a estabelecer metas comuns para equacionar os principais problemas em itens que envolvem infra-estrutura turística, segurança pública, malha aérea, unidades hoteleiras e número de leitos disponíveis. Como resultado, espera-se preparar as 18 cidades que poderão hospedar as seleções de futebol e receber os turistas que virão ao país assistir aos jogos, atendendo às exigências da Federação Internacional de Futebol e Associados (FIFA). “Para o turismo, a Copa do Mundo não se resume aos 30 dias de realização do evento. É uma oportunidade para o antes, o durante e o depois”, disse o chefe de gabinete do MTur, Carlos Silva, que esteve na reunião em Salvador. “Temos um intenso trabalho de planejamento pela frente, alinhando ações do setor público e da iniciativa privada. Precisamos planejar juntos as ferramentas e estratégias para qualificar esses destinos”. Segundo ele, o diagnóstico da FGV aprofunda os resultados do Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional – Relatório Brasil, divulgado em abril. O levantamento é uma ferramenta inédita de gestão pública que aponta o grau de desenvolvimento e nível de preparação para o Turismo em destinos prioritários na política de regionalização do setor. Desta vez, os pesquisadores vão cruzar os primeiros resultados com as novas informações, obtidas em extensa pesquisa de campo. O diagnóstico estará finalizado em março, quando a FIFA divulga oficialmente as cidades que vão sediar o mundial. A proposta de investimentos será alinhada ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) da Copa. Além de Salvador, as cidades de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife e Olinda (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) também serão pesquisadas. Copa no Brasil - O Ministério do Turismo desenvolve ações voltadas para a Copa de 2014 desde que o Brasil foi anunciado como sede do evento. O evento é uma grande oportunidade para o país ampliar sua visibilidade perante o mundo. “Países que realizaram eventos esportivos desse porte tiveram um aumento enorme no PIB [Produto Interno Bruto]. Os investimentos são fundamentais para a viabilidade do evento ao mesmo tempo em que deixaram um legado para o país”, avaliou o chefe de gabinete do MTur, Carlos Silva.
Ass. de Comunicação do Ministério do Turismo - ASCOM
Ass. de Comunicação da Embratur - ASCOM

Alguns comentários ao Plano Nacional do Turismo – Diretrizes, Metas e Programas 2003-2007

ESCLARECIMENTO NECESSÁRIO
Este estudo surgiu em razão dos equívocos e desconhecimentos presentes no discurso que explicita o "Plano Nacional de Turismo elaborado pelo Partido dos Trabalhadores". Como petista e estudioso do fenômeno turístico e confiante inconteste nesse governo não poderia deixar de apontar algumas fragilidades contidas no interior do referido plano.
Devo esclarecer inicialmente, que nosso intuito não foi de fazer crítica a aqueles que foram indicados pelo partido para ocupar os cargos públicos referentes ao campo do turismo, mas sim, corrigir algumas propostas e pressupostos inconsistentes, bem como, sugerir o acréscimo de medidas necessárias para que a o partido não erre no campo do turismo. Como militante esperamos que todos acertem para que possamos desenvolver uma política que atenda às necessidades da classe trabalhadora no campo do lazer e turismo.
Com essa disposição, entendemos que nossa iniciativa deva ser percebida dentro do campo sadio do processo de emulação política, diferenciando-se da prática tradicional de fazer política. Qualquer agremiação política para ser democrática deve se auto-reciclar, permitindo que a todo instante o debate de idéias e a reformulação de seus procedimentos sejam reflexionados.
Nosso trabalho não se resume em questionar, mas sim, sinalizar novos caminhos para que possamos desenvolver uma verdadeira política que atenda as classes populares e dê a eles a dignidade de poder usufruir das atividades de lazer e turismo no território nacional . Por isso, nos sentimos no direito de questionar e corrigir para poder sugerir o melhor encaminhamento de uma política de turismo para o Brasil.
Não podemos, permitir que velhas formulas elitistas de políticas de turismo, permaneçam e que curiosos do trade, travestidos de cordeiros insistam em permanecer dando o tom para a elaboração de uma política nacional de turismo.
Esse é o motivo que nos levaram a ousar, e fazer uma série de observações ao Plano Nacional de Turismo do Partido dos Trabalhadores. Por entendermos que a democracia é a base que inspira o cotidiano desta agremiação, bem como, a preocupação com as classes populares, desenvolvemos nosso estudo para que partido ouça e discuta nossas ponderações.
A idéia é que o PT consiga desenvolver uma política competente e para que isso ocorra, há necessidade do mesmo estabelecer interlocução com todos aqueles que questionam o campo do turismo, o debate não pode permanecer restrito aos gabinetes. Mas sim, necessita ser democratizado entre aqueles que escrevem, questionam e até incomodam, não admitiremos que a política de turismo seja comandada por políticos de carreira como sempre ocorreu nos governos passados. Com isso, quero dizer aos atuais dirigentes do turismo no Brasil que o perfil acima não os atinge, pois estão sempre procurando acertar e buscando ouvir opiniões das bases cada vez mais amplas da sociedade.
PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
O procedimento adotado, foi o de demonstrar que há necessidade de se ter alguns parâmetros que permitam explicitar como o Partido dos Trabalhadores deveria entender uma política nacional de turismo. Com isso, afirmamos que o mesmo possui certos pressupostos decorrentes de sua base ideológica que são fundamentais para podermos pensar numa forma petista de entender o fenômeno turístico.
Essa forma de ser, explicita-se dentro dos seguintes pressupostos:
§ Apoio irrestrito às empresas nacionais que compõem o trade turístico, no que se refere a;
§ redução de impostos dos combustíveis para os automóveis, ônibus e aviões;
§ criar mecanismos que permitam as classes sociais menos favorecidas praticar o turismo;
§ criar uma linha de credito para pequeno e médios empreendedores nacionais no campo hoteleiro;
§ Desenvolver roteiros rodoviários, para que o brasileiro conheça o Brasil;
§ Valorizar a cozinha nacional, ligando-a junto ao combate do programa fome zero;
§ Montar roteiros turísticos para as populações de rendimento de um a cinco salários mínimos, utilizando os equipamentos turísticos da SESC e SENAC em períodos de baixa ocupação;
§ Liberar o jogo somente para grupos nacionais, taxando um imposto chamado" joga que eu viajo", para financiar os deslocamentos da população no turismo rodoviário aéreo e ferroviário ;
§ Desenvolver a prática do turismo para adolescentes e idosos, com a criação de programas vinculados a rede escolar pública e privada;
§ Fortalecimento da base sindical dos profissionais que compõem o trade turístico;
§ Regularizando e permitindo, por meio de apoio político (pois é fundamental que o governo se manifeste prioritariamente nessa questão) que o projeto sobre a regulamentação dos bacharéis de turismo (turismólogos) seja aprovado.
Esses procedimentos, aliados a vocação democrática, popular e sindicalista do Partido dos trabalhadores não pode esquecer seu nascimento e as bases operárias e de intelectuais orgânicos que o ajudaram a pensá-lo. Com esses preliminares podemos ensaiar as linhas de uma política nacional de turismo que contemple todas as classes sociais e que de fato coloque o partido a frente das questões de hospitalidade.
PLANO NACIONAL DO TURISMO
Mensagem do Senhor presidente da República.
Montado dentro de um discurso universalista, como o objetivo de palmilhar uma política em que a imagem do país para o turista estrangeiro coloque o Brasil na frente como um dos principais núcleos turísticos da América Latina, quando afirma:
"... O Brasil indubitavelmente é um lugar único pela sua riqueza natural, cultural, econômica e histórica. Isto faz de nosso país um espaço maravilhoso com inúmeros atrativos, tendo na diversidade nosso instrumento principal de sua potencialização.
É inegável a nossa vocação para o turismo. Dispomos de todas as condições para cativar nossos visitantes - praias, florestas, montanhas, rios, festivais, culinária diferenciada, parques nacionais, cidades históricas e a tradicional hospitalidade brasileira, assim como, os equipamentos, as empresas, e a qualidade dos serviços já encontrados em muitas regiões do país."
A preocupação para com o turismo está localizada na necessidade de divulgar a imagem do Brasil para o turista estrangeiro, apelando para a convivência "pacifica entre as raças" a velha idéia formulada pelo historiador Gilberto Freire que produziu uma historiografia do pacifismo oficialista em que a relação de exploração acaba se naturalizando, passando a noção de "convivência pacífica" ou de sociedade em que as diferenças são tênues, pois "somos um país de todos"
Em decorrência desses fatores o discurso chega a afirmar que "o crescimento de nossa economia aliado a posição estratégica do país ... torna-nos um ponto modal de atração de eventos técnicos". O discurso mais uma vez reafirma sua idéia de captar eventos por isso afirma como lema de política oficial "nosso próximo evento é no Brasil".
Cria-se o tão esperado Ministério do Turismo, fator de relevância impar para dar as bases de uma verdadeira "Política Nacional do Turismo". E ao mesmo tempo transforma a Embratur em uma espécie de Convention Bureau Nacional cujo a função que lhe resta é captar e promover eventos. A idéia de vender a imagem do país não se constitui em algo novo, já foi tentado anteriormente na década de 80 e 90 por essa entidade que acabou cultuando no exterior a idéia de país de mulher fácil e do turismo sexual.
Obviamente que a Embratur se apercebeu desse equivoco e tem nesses anos mudado sua propaganda sobre o turismo brasileiro. Mas a idéia de que a falta de investimento em publicidade é meio falacioso, pois as condições econômicas, políticas e sociais é que acabam impedindo que o fluxo de turistas estrangeiro aumente.
O certo seria desenvolver uma política para aumentar o fluxo nacional, abaixando os juros e dando condições para que o povo possa se deslocar e conhecer seu próprio país, por meio de incentivos fiscais e projetos de cunho social, com isso, aumentaríamos o número de empregos e prepararia a infra-estrutura para atender o fluxo de turistas estrangeiros.
Com isso combateríamos a velha e nefasta idéia que o país teria que voltar toda sua infra-estrutura para a construção de hotéis de luxo, codificados dentro do padrão norte americano de hospitalidade Fast-Food. Essa lógica globalizante de hegemonia política e econômica imposta pelos grupos estrangeiros que lutam para descaracterizar a idiossincrasia do povo brasileiro.
Mensagem do senhor Ministro do Turismo
O discurso do ministério, avança quando afirma que "... interações devem se pautar em uma visão sistêmica e cooperada entre diversos atores ...", pois entendemos que a Política Nacional de Turismo não ficará subjugado a interesses pessoais e não servirá como trampolim para curiosos galgarem a carreira política, entendemos que esse período se esgotou com a vitória do Partido dos Trabalhadores.
Ressalta de forma audaciosa a necessidade de incrementar o turismo interno, afirmando que o mesmo;
"deve ser fortalecido pelo consumo da sociedade brasileira, permitindo a todos o acesso ao lazer e às férias, respondendo a uma aspiração legitima dos nossos cidadãos e tendo no turismo um fator de construção da cidadania e de integração social".
O discurso do ministro atenta para se priorizar o turismo interno, com uma ênfase extremamente competente, recolocando o valor ontológico do fenômeno turístico, coisa que era inexistente nos discursos anteriores, e hoje aparece ter voltado. Esperamos que o Ministério do turismo tenha cabeças para construí-lo e verbas para seus projetos e não ganhe a hierarquia de irmão caçula e nem seja catalogado nos jogos recreativos de "Ministério do café com leite"
Lutaremos (escrevendo sempre com o intuito de contribuir com o turismo nacional) para que o Ministério de Turismo encontre seu caminho e ponha em prática uma política de hospitalidade para o povo brasileiro, em que o turismólogo seja reconhecido como o profissional de ponta de toda a estrutura que envolve o turismo.
A importância da proposta do Pt é que mesmo, com os equívocos presentes neste plano, uma coisa é extremamente salutar a prioridade que o mesmo dá a participação ampliada e popular, aumentando o espaço para debates sobre a temática, a isso nos referimos pela criação das Câmaras Temáticas, junto ao Conselho Nacional do Turismo.
b) Diagnóstico
O plano nessa parte comenta a desarticulação entre o próprio governo no campo do turismo e a frágil parceria com a iniciativa privada, isso provocado em decorrência do "caos" de políticas anteriores que foram sendo implantadas sem qualquer planejamento. Dados, estatísticos e programas foram forjados, criados segundo interesses pessoais e não nacionais, verbas foram distribuídas segundo critérios políticos e os turismólogos foram preteridos e sua regulamentação profissional esquecida e abafada por interesses alheios à categoria.
Inacreditável, mas a Embratur relutava em criar um processo de avaliação de políticas públicas no campo do turismo, seria medo de por em julgamento o PNMT? Ou de descobrirem que as estatísticas referentes do fluxo de turistas estrangeiros estava sendo manipulada pelo governo.
O plano faz a seguinte afirmação; "baixa qualidade e pouca diversidade de produtos turísticos ofertados nos mercados nacional e internacional". Isso se constitui em um equivoco, pois a dimensão e a diversidade de produtos turísticos oferecidos no mercado, tanto em quantidade e qualidade superam em muito a necessidade da demanda, o que ocorre de fato, é uma situação crônica e endêmica de baixos salários e condições objetivas de vida.
c) Princípios orientadores para o Desenvolvimento do Turismo
"A busca de um novo modelo de turismo para o país", pressupõe que as formulas anteriores estavam equivocadas, como o Programa Nacional de Municipalização do Turismo - PNMT; os financiamentos como exemplo o FUNGETUR e os tipos de publicidade sobre o Brasil no exterior
Nesse sentido, o turismo deve ser visto como uma ação que deve beneficiar a população brasileira, facilitando que a mesma tenha condições objetivas para usufruir seu lazer e turismo em todo o território nacional, incorporando as populações nativas no mercado de trabalho e criando uma riqueza coletiva.
Reduzir as desigualdades regionais e sociais só é possível por meio de uma política de base macroeconômica em que o sistema financeiro esteja sob o controle do governo (juros baixos, créditos fácil e proteção integral à industria nacional). Em que os planejamentos no campo do turismo, leve em conta a profissionalização e treinamento da mão de obra local, para que o trade possa de fato ser um instrumento de integração e não de exclusão.
Para isso, o Senac deve atuar no campo da profissionalização técnica, sendo o único responsável pela certificação dessa mão de obra, pois tem lastro histórico para isso, ampliando suas ações para com os excluídos de fato, aquele que é semi-analfabeto e que vive em áreas geralmente de interesse dos empresários do turismo. Assim o Senac deve de fato assumir seu papel na luta contra a miséria e pobreza no Brasil e não permitir que outras entidades assumam esse papel ou que passem a fazer certificações de atividades profissionais que historicamente foram criadas e são mantidas pela instituição desde a sua fundação em 1946.
5. METAS PARA O TURISMO - 2003 - 2007
5.1 - Criar condições para gerar 1.200.000 novos empregos e ocupações
5.2 - Aumentar para 9 milhões o número de turistas estrangeiros no Brasil
5.3 - Gerar 8 bilhões de dólares em divisas
5.4 - Aumentar para 65 milhões a chegada de passageiros nos vôos domésticos
5.5 - Ampliar a oferta turística brasileira, desenvolvendo no mínimo três produtos de qualidade em cada Estado da Federação e Distrito Federal.
Estas metas só serão realidade se:
O Brasil investir de forma maciça no turismo, entendendo-o não como mais um item secundário e complementar ao planejamento do estado. Mas sim, possuir uma visão histórica de totalidade, percebendo que a noção de hospitalidade move o planejamento de um local, região ou nação, pois o mesmo deve estar amalgamado junto a qualquer política pública.
As políticas públicas forem pensadas para o povo brasileiro e não para o estrangeiro.
A meta audaciosa de criação de 1.200.000 no campo do turismo só será factível se; liberarmos o Cassino pelo estado, desde seu, planejamento, organização e administração ( hoje já existem experiências de gestão de autarquias e fundações, em que o estado administra de forma competente ).
O fluxo turístico nacional é que deve dar as bases e implementar o desenvolvimento do turismo no Brasil, e não ao contrário, portanto, vender a imagem do país para o exterior, deve ser uma etapa que esteja abaixo do patamar do turismo nacional. A prioridade deve ser o turismo interno, pois esse, poderia sim alavancar o fluxo internacional para o Brasil. Portanto aumentar de 3,8 milhões (dados que sempre foram manipulados por políticos) para 9 milhões me parece difícil, não há base de dados que mostre essa possível tendência. Pois o receptivo nacional teria de ser 50% do fluxo de estrangeiros que vão a América-latina. Além do que a taxa de juros na qual o governo trabalha a política econômica do Brasil e extremamente recessiva.
O governo só poderá aumentar o fluxo de usuários do transporte aéreo doméstico se o mesmo desenvolver um plano dentro de uma política de subsídios, na qual o estado junto com as transportadoras possam dialogar e entender que:
1 - não pode continuar existindo indiretamente o monopólio, pois hoje não se pode colocar no mercado passagens mais baratas (não estou me referindo a aquelas iscas promocionais que algumas companhias aéreas colocam no mercado), pois há uma falta de liberdade para poder fixar livremente os preços das passagens.
2 - Os impostos que incidem sobre o preço de uma passagem aérea hoje é de 34% e sobre o combustível 47%.
3 - Os vôos charter, foram esquecidos e não interessam as companhias, o governo deveria propor uma política especifica para essa modalidade.
4 - As cadeias hoteleiras devem seguir a tendência do mercado, construção de equipamentos baratos, simples e econômicos.
ALGUNS COMENTÁRIOS: SUBSÍDIOS PARA FUTUROS DEBATES
Os comentários aqui expressos ainda são preliminares, portanto, nossa pretensão esta limitada a indagações para com aqueles que tem a responsabilidade de implantar uma nova política nacional do turismo para o Brasil. Nesse sentido, pedimos que nossas observações sirvam para melhorar o projeto para o turismo do governo Lula.
O Plano Nacional de Turismo 2003 - 2007, valoriza e esta calcado em programas que serão estimulados para aumentar o fluxo de turistas estrangeiros no país. Tanto o discurso do presidente, como os quatro programas estão voltados na intenção de se aparelharem para receber o fluxo estrangeiro.
O Programa de qualificação profissional, deve ser executado pelo Senac juntamente com os cursos de turismo, na perspectiva de treina-los na proposta de uma hospitalidade brasileira.
O Programa Roteiros integrados nacional, deve em primeiro lugar resolver o problema dos preços regionais que não podem ser estendidos a todo o país. Com referência aos roteiros internacionais, isso depende de toda uma política de moeda única, cambio equiparado e vontade política de nossos irmãos latino-americanos.
Programa de promoção e apoio à comercialização dos produtos turísticos, esperamos que o governo não reedite a imagem do país somente pela beleza do erotismo da mulher brasileira, que acabou colocando o Brasil na rota do fluxo do turismo sexual.
E Finalmente o programa Nacional de financiamento para captar investimentos no turismo que deve possuir recursos a fundo de risco, em que a garantia seja social e não de mercado, pois se assim não for novamente estaremos priorizando os grandes investimentos estrangeiros em detrimento aos nacionais e repetiremos o Fungetur.
As funções da Embratur ficaram restritas a um tipo de Convention Bureau, minha crítica é que isso empobrece esse órgão e o desqualifica naquilo que ele sempre soube fazer, dar uma normatização para o turismo brasileiro.
Organização sindical dos bacharéis de turismo e reconhecimento de seu papel profissional.

JOÃO DOS SANTOS FILHO

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008